O Polo Gesseiro do Araripe, situado no semiárido pernambucano, é uma região bastante afetada pelas mudanças climáticas e grande consumidor da vegetação nativa com fins energéticos para indústria do gesso. Florestas de eucaliptos foram implantadas na região para atender a alta demanda energética da indústria gesseira, responsáveis por 95% da produção nacional. Desta forma, objetivou-se com esta pesquisa avaliar a sobrevivência de clones de Eucalyptus spp. em diferentes espaçamentos em condições de seca extrema. Os dados foram provenientes de um experimento inteiramente aleatório com três clones de Eucalyptus em cinco espaçamentos na idade de 8 anos. O experimento foi desenvolvido na Estação Experimental do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA) em Araripina que apresenta uma temperatura média anual de 25oC e precipitação média anual é de aproximadamente 750 mm, com concentração de 70% entre os meses de dezembro a março. Durante o período experimental a precipitação média anual foi 529.4 mm, concentrada nos meses de janeiro a abril, o que configura uma mudança temporal severa e faz dessa década uma das mais secas da história. A taxa de sobrevivência média do experimento foi de 90%, constatando-se diferenças significativas entre os clones, sendo o C11 no espaçamento 3mx3m o que apresentou maior taxa de sobrevivência 98.40%. Pelo teste de Scott-Knott (p < 0.05) os tratamentos foram divididos em três grupos sendo o espaçamento 2mx1m o que apresentou as menores taxas de sobrevivência. Mesmo em condições climáticas severas os clones de eucaliptos conseguem se desenvolver e apresentam baixo índice de mortalidade.

08 - Sobrevivência de clones de Eucalyptus spp. em diferentes espaçamentos com condições climáticas extremas no semiárido pernambucano